Tem repercutido nas notícias a recente desvalorização do dinheiro chinês, o iuane. Alguns jornais, porém, cometem frequentemente o erro de “esquecer” o nome português da moeda, grafando, em inglês, yuan e yuans ou yuanes. Não há motivo para não usar o termo aportuguesado: se os mesmos jornais escrevem sobre o dólar (e não “dollar”) e sobre o iene (moeda do Japão), e não yen, não faz sentido que ainda por vezes se deixem de usar a forma portuguesa iuane e seu plural iuanes – ambas devidamente registradas no Aurélio, no Houaiss, no Michaelis e no Dicionário Priberam, e muito bem empregadas pela Revista Exame, pela Folha de S.Paulo, pelo Estadão, pela O Globo/Reuters, etc. É de notar que ambas têm obrigatoriamente um “e”, em português: iuane, não iuan, e iuanes, não iuans.
Pode-se simplesmente fazer a analogia com a já mencionada moeda do Japão, o iene (plural: ienes – em inglês, yens).
Em chinês mesmo, o nome da moeda é outro – renminbi, sendo “yuan”, na língua chinesa, a unidade de conta (por exemplo: “A menor nota de renminbi é a de um iuane”). Tal diferença inexiste em português, como inexiste na maioria das demais moedas do mundo (dólar é o nome da moeda e da unidade de conta; euro, idem; real, idem; peso, idem; etc.).