O sobrenome de Ban Ki-moon é “Ban”, e não “Ki-moon”

fkfk

Um erro feio que a imprensa brasileira de vez em quando comete é referir-se ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, como simplesmente “Ki-moon”, achando ser esse o sobrenome do dirigente. Amadorismo puro: nos nomes coreanos (como nos nomes chineses), o sobrenome vem na frente do nome, e é o sobrenome que deve ser usado, quando não se quer usar o nome completo.

Toda a imprensa estrangeira, assim como os artigos brasileiros escritos com cuidado, refere-se ao secretário-geral por seu sobrenome: “Presidente do Irã irá a reunião da ONU sobre desarmamento, diz Ban“; “Ban afirma que parceria entre ONU e União Europeia é profunda“, etc. Chamar Ban de “Ki-moon” em uma manchete equivaleria a escrever, em vez de “Hollande telefonou a Sarkozy“, “François telefonou a Nicolas“; ou a referir-se aos dois ex-presidentes dos EUA como “Barack” e “George“; ou, ainda, a escrever que “Luiz derrotou José e Geraldo nas eleições presidenciais de 2002 e 2006“.

É por essa mesma razão que a forma abreviado pela qual a imprensa se refere ao ditador norte-coreano é “Kim”, e nunca “Jong-un”; ou por que os dirigentes chineses são chamados “Mao”, “Hu”, “Xin” (e não “Jintao”, “Jinping”, etc.).