Em português, porto-riquenho escreve-se obrigatoriamente com hífen – mas Porto Rico, obrigatoriamente sem hífen.
Até poucos anos atrás, a questão do uso (ou não) dos hifens (sim, a palavra hífen tem acento, mas hifens, no plural, não tem) gerava muita confusão na hora de escrever nomes de países, regiões, estados, etc. O novo Acordo Ortográfico resolveu a questão: como regra geral, os topônimos (nomes de localidades: de países, estados, cidades, etc.) agora se escrevem sem hifens em português.
Assim, pela nova ortografia, escrevem-se sem hifens, por exemplo: Adis Abeba; Antígua e Barbuda; Cabo Verde; Bósnia e Herzegovina, Congo Brazzaville (denominação informal da República do Congo); Congo Kinshasa (denominação informal da República Democrática do Congo, o antigo Zaire); Dar es Salaam; Guiné Equatorial; Hong Kong; Kuala Lumpur; Nova Delhi; Papua Nova Guiné; Porto Príncipe; Santa Lúcia; São Vicente e Granadinas; São Cristóvão e Névis; Tel Aviv; Trinidad e Tobago; etc.
Os nomes de apenas dois países mantiveram os hifens, como exceções cujos nomes ficaram inscritos com hífen no próprio texto do Acordo, por serem precisamente dois dos países lusófonos signatários do Acordo: a Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Todos os demais, repita-se, escrevem-se agora sem hifens.
O mesmo se aplica a estados, cidades, etc.: Mato Grosso (e não *Mato-Grosso) – como São Paulo, Rio de Janeiro; ou, em Portugal: Beira Alta, Beira Baixa, Entre Douro e Minho, Vila Real; ou, em Angola: Lunda Sul, Lunda Norte, etc.
Por fim, o texto do Acordo fez ainda exceção explícita aos topônimos iniciados pelos adjetivos grã ou grão, ou por verbo, ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã-Bretanha; Abre-Campo; Passa-Quatro, Trinca-Fortes; Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.